Ano XIII - 2023

ESPONDILOTERAPIA



 
Espondiloterapia significa, literalmente, "Terapia das Vértebras" pois a palavra Espôndilo tem origem Grega definindo o que conhecemos por "Vértebra". No final do século XIX, na Europa, a palavra "Spondylotherapy" era usada para definir um trabalho de "percussão" no Processo Espinhoso das Vértebras (veja livro do Doutor Abrams Spondylotherapy - 3ª edição - Philopolis Press, 1912). Esse método de tratamento também recebeu outros nomes como "Reflexoterapia Vertebral Método Abrams de Tratamento, Quiromassage e outros".
 
Na Espondiloterapia, vários conceitos são inovadores tais como: Por trás de um problema de coluna vertebral, com exceção dos traumas, patologias como a tuberculose, a espondilite anquilosante, as metástases, as deformações congênitas como a "Listese", existe uma causa comum encontrada nas Alterações dos Desvios do Eixo da Coluna (ADEC) e que é provocada pela "MÁ POSTURA" (MP). Mas o que vem a ser uma "MP"? No conceito da Espondiloterapia "MP" é quando alteramos, aumentando ou diminuindo, uma curvatura "NATURAL" da coluna vertebral a ponto de agredirmos a folga fisiológica das estruturas envolvidas (20 minutos ou mais). Que curvaturas são estas? Os desvios do eixo: Lordose, Cifose e Escoliose.
 
A - Apófise Transversa
B - Disco Intervertebral (visto de frente e perfil)
C - Apófise Posterior (vista de perfil e posterior)
D - Apófises Articulares ou Facetas Articulares
E - Articulação Costo-transversa
F - Articulação Costo-vertebral
G - Apófise Odontóide
H - Forâmen de Conjugação ou Forâmen Intervertebral
I - Lâmina Vertebral
J - Pedículo Vertebral
 
Na visão da Espondiloterapia todos têm essas curvaturas, algumas são posturais outras estruturais, mas essas somente passarão a ser causa de dor quando alteradas, para mais ou para menos. Outra contribuição da Espondiloterapia é a introdução do termo "Escoliose Social", comum a todas as pessoas. Essa Escoliose, como o seu próprio nome diz, deriva da sociedade dos "destros", não necessitando, para existir, aparecer em radiografias ou outro tipo de imagens (por isso se diferencia das demais escolioses), podendo sobrepor-se às outras formas de Escoliose. A abordagem do paciente também é um diferencial na Espondiloterapia. A primeira preocupação do Espondiloterapeuta é a de determinar onde ocorreu a "ADEC" ou, em outras palavras, onde está a "MP". A pesquisa para encontrar a "MP" que esta provocando a "ADEC" pode levar o terapeuta a investigar vários campos como trabalho, lazer e o próprio descanso. Mas por que determinar a "ADEC" e a "MP" correspondente é tão significativo? Dependendo da "ADEC" ou da "MP" que a está gerando saberemos o tipo de comprometimento que está ocorrendo. Os comprometimentos poderão ser, a princípio, CIRCULATÓRIOS, DE IRRITAÇÃO DA RAIZ POSTERIOR, DE IRRITAÇÃO DA RAIZ ANTERIOR OU DE PERTURBAÇÕES SIMPÁTICAS.
 
Esquema ilustrando as curvas da coluna vertebral e seu alinhamento no plano sagital 
 
De menor expressão, mas reveladores para uma avaliação precisa, são o sinal nervoso emitidos pela irritação do Ligamento Longitudinal Anterior, do Ligamento Longitudinal Posterior, das Fibras Exteriores do Disco Intervertebral, da Face Anterior da Meninge, estruturas inervadas pelo Nervo Recorrente - Meníngeo e Sinovertebral. Cada comprometimento tem seus sintomas característicos como dores de cabeça, tontura, dificuldades para concentração, memória fraca para os Circulatórios, dores próximas da coluna para a irritação de Raiz Posterior, dores nas articulações ou nos membros superiores, inferiores ou ainda no tórax anterior para o comprometimento de Raiz Anterior e distúrbios nas pálpebras, nas glândulas salivares, dificuldades para engolir, respiração superficial, arritmias, azia, problemas gástricos e urinários, para as perturbações Simpáticas. Somente após a "coleta de dados (sintomas e hábitos posturais), determinar, com precisão, onde está a ADEC e a MP geradora e dar a devida orientação corretiva é que o Espondiloterapeuta optará pelo estilo de manobras de massagem que utilizará".
 
Sendo assim, a Espondiloterapia não é uma técnica de massagem e sim uma nova maneira de abordar os problemas onde se faz necessário o tratamento dos problemas de origem na coluna vertebral ou seus comprometimentos, buscando a solução permanente para estes males.
A Espondiloterapia é "auto-suficiente" para solucionar os problemas sob sua competência.
A Espondiloterapia também faz uso da "Avaliação Morfológica" que é extremamente eficaz em determinar onde estão e para que lado se irradiam as dores posteriores (facetarias) da coluna vertebral (quando se sabe o lado da compressão facetaria sabe-se também onde poderá ocorrer a projeção discal responsável pelos comprometimentos de raiz anterior como bursites e hérnias). A "Avaliação Morfológica" é tão eficiente que pode "apontar" onde a coluna vertebral tem, teve ou terá problemas.
 
Diferenças entre as vértebras 
 
ALGUNS TESTES PARA NERVO CIÁTICO E NERVO FEMURAL
 
Teste de elevação do Membro Inferior: - esse teste é realizado por meio da elevação passiva do MI com o joelho mantido em completa extensão. O MI é elevado pelo tornozelo, que permanece em posição neutra e relaxada, e é anotado o grau de flexão do quadril no qual os sintomas aparecem.
 
Teste de elevação do membro inferior.
 
A tensão no nervo ciático geralmente ocorre entre os 35º e 70º da flexão do quadril , e a partir dos 70º o stress é colocado na coluna lombar. A variação individual deve ser considerada na colocação do stress mecânico sobre a raiz nervosa durante a elevação do MI, sendo importante à realização bilateral do teste antes de decidirmos a origem dos sintomas (raiz nervosa, articulação ou partes moles). Em pessoas que apresentam hipermobilidade das articulações, o teste de elevação do MI, mesmo em presença de patologia da raiz nervosa, pode não ser positivo aos 110º ou 120º grau de flexão do quadril. 
Os músculos isquio-tibiais ou patologias localizadas na coxa podem ser a origem dos sintomas durante a realização desse teste, e algumas manobras podem ser realizadas para esclarecê-lo. O membro inferior pode ser abaixado até a posição em que os sintomas desaparecem, e é então realizada a dorsiflexão passiva do tornozelo , que promove o reaparecimento dos sintomas quando existe irritação da raiz nervosa. Alternativamente a dorsiflexão passiva do tornozelo ou adicionalmente a essa manobra pode ser realizada a flexão ativa da coluna cervical, pedindo-se para o paciente posicionar o seu mento sobre o tórax, ocorrendo o reaparecimento dos sintomas nas situações em que exista patologia radicular. 
Mantendo-se a posição de flexão do quadril que provocou o aparecimento de dor durante a realização do teste de elevação do MI e flexionando-se o joelho cerca de 20º, é possível provocar o aparecimento dos sintomas radiculares, por meio da aplicação de pressão sobre o nervo tibial na fossa poplítea.
 
Durante a realização do teste de elevação do MI, deve-se impedir a rotação da bacia, pois esse movimento da bacia realiza a flexão da coluna lombar, que pode produzir os sintomas.
 
O teste de elevação do MI pode ser também realizado com o paciente sentado ou em decúbito lateral, sendo uma alternativa para os pacientes que apresentam dificuldade para permanecer na posição supina, além de reduzir a apreensão do paciente para evitar a dor, auxiliando ainda na detecção de simulações. O quadril e o joelho são posicionados a 90º e a coluna lombo sacra na posição neutra. O examinador passivamente estende o joelho até o aparecimento dos sintomas, e o grau de flexão do joelho é comparado com o lado oposto.
 
O teste de elevação do membro inferior , muitas vezes mencionado como teste de Lasegue, foi na realidade descrito por Forst. O teste descrito por Lasegue consiste na flexão do quadril e joelho a 90 graus, seguido da extensão do joelho. Todavia a correta interpretação do teste é mais importante que a sua terminologia.
 
O aparecimento dos sintomas durante a elevação do membro inferior que não apresenta sintomas é indicativo de uma grande protusão do disco intervertebral ou presença de fragmentos livres do disco intervertebral, normalmente localizados medialmente à raiz nervosa, pois o teste causa estiramento das raízes nervosas de ambos os lados. 
O teste de elevação do MI é útil para a localização de hérnias ao nível L4-L5 e L5-S1, e a sua ausência não significa que não exista hérnia de disco nos espaços discais superiores.
 
O teste de elevação bilateral do MMII pode também produzir sinais de compressão radiculares e é realizado elevando-se ambos os MMII pelos tornozelos, mantendo-se os joelhos em extensão. Esse teste causa inclinação superior da pelve e diminui o estiramento dos elementos neurais. A dor que ocorre até os 70º de flexão do quadril está relacionada ao esforço na articulação sacro-iliaca. Acima dos 70º a dor está relacionada à lesão da coluna lombar. Esse teste é útil na identificação de pacientes com dor psicogênica, que freqüentemente queixam de dor à elevação menor que a observada durante a elevação unilateral do MI.
 
Teste de estiramento do N. femoral - esse teste pode ser realizado com o paciente em decúbito ventral (teste de Nachlas) ou em decúbito lateral, e consiste na extensão do quadril com o joelho em posição de flexão. 
Na realização do teste com o paciente em decúbito ventral, é realizada a flexão passiva do joelho até que o calcanhar toque a nádega. O aparecimento de dor na região lombar, nádega ou coxa pode indicar compressão da raiz L2-L3. Esse teste também estira o músculo quadríceps, e a anamnese e o exame físico podem esclarecer as possíveis dúvidas. 

http://poderdasmaos.com.br/sub/visualizar/2149/

Um comentário:

  1. Boa tarde! Muito bom artigo! Faltou dar os créditos da pesquisa sobre Espondiloterapia.
    Abraço
    Rubens Balestro

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