Ano XIII - 2023

Massagem e Massoterapia

Você sabe qual a diferença entre massagem e massoterapia?

O toque por si só acalenta, liberta, é um dos remédios  usados nas terapias alternativas. O toque associado ao conhecimento e técnicas visa relaxamento, saúde e equilíbrio ao organismo.
O relaxamento por si mesmo tem valor terapêutico, porém a massagem vai além do relaxamento, produzindo uma série de benefícios. Terapêutico é definido como:”de, ou relacionado ao tratamento de distúrbios ou doenças”. Massagem - palavra de origem grega, significa “amassar, freccionar tecidos”. Com a junção dos significados a massoterapia ficou mundialmente conhecida em suas aplicações como um recurso terapêutico capaz de manter a saúde, prevenir desequilíbrios, contribuir na promoção, bem estar e melhorar a qualidade de vida das pessoas que dela usufruem.
O massoterapeuta é o profissional que desempenha manobras e técnicas terapêuticas não invasivas. Sua formação teórica e técnica habilitam a realizar procedimentos baseados num diagnóstico de percepção das necessidades individuais de cada cliente. Lembrando que a prática da massagem não  tem o objetivo de curar distúrbios ou doenças, mas trata de alguns dos seus sintomas, e em alguns casos é contra-indicado devido a gravidade ou natureza da patologia envolvida.
A massoterapia se enquadra na área de abrangência  da integração terapêutica aceita pela Organização Mundial da Saúde com o objetivo de prevenir doenças, auxiliando na ativação da circulação do sangue e sistema linfático, normalizando as funções fisiológicas do corpo humano, tratando o stress, dando equilíbrio vital e com isso, levando ao autoconhecimento e auto conscientização do seu ser.
O Conselho Brasileiro de Auto Regulação da Massoterapia - CONBRAMASSO - distingue a massoterapia das massagens em geral pelo fato da sua aplicação ser realizada por profissionais preparados  e qualificados a diagnosticar e  ter conhecimento sobre terapias holísticas. Com isso realizar  técnicas  e manobras diferenciadas, aplicando procedimentos sobre a pele e tecidos, músculos, tendões e articulações com finalidades terapêuticas, mobilidade físicas,  tratar o psicológico, alívio a dor, tensão e stress, ajudando os indivíduos ter uma vida melhor e mais feliz.
Marta Rodrigues
Massoterapeuta


http://www.spavivar.com.br/artigos/1/123/massagem-e-massoterapia



O Ministério da Saúde está começando a implantar nos hospitais, postos e unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) serviços como massoterapia, massagens e conforto espiritual para humanizar o atendimento médico e de saúde dos pacientes.
As mudanças estão sendo implantadas em uma política nova, a política de educação popular em saúde, que começou a ser formatada pelo médico piauiense José Ivo Pedrosa, gerente do Núcleo de Estudos da Saúde Pública e coordenador do Departamento de Medicina Comunitária da Universidade Federal do Piauí, quando estava no Ministério da Saúde, em Brasília.
José Ivo Pedrosa continua no acompanhamento da execução da política de humanização dos atendimentos médicos e de saúde do SUS.
“Vai ser uma política que vai ser executada pelo SUS, com as Secretarias Estaduais de Saúde, com as Prefeituras Municipais. Os movimentos populares se organizam, sistematizam suas práticas, como é dá para incluir as práticas populares nos cuidados nos atendimentos do SUS.
A massoterapia que se vê nos aeroportos, massagens. Vamos ver como essas práticas serão inseridas dentro do atendimento do SUS, a discussão sobre o conforto espiritual, como é que se traduz isso para tendo do Sistema Único de Saúde”, falou José Ivo Pedrosa.
Meio Norte – O senhor vai se participar de reunião no Ministério da Saúde com qual objetivo?
José Ivo Pedrosa – Vou tratar do lançamento de outra política nova, a política de educação popular em saúde.
Meio Norte – Essa nova política vai ser iniciada em qual data?
José Ivo Pedrosa – Está em processo de implantação, já foi aprovada, já passou dos trâmites legais. Vai ser uma política que vai ser executada pelo SUS, com as Secretarias Estaduais de Saúde, com as Prefeituras Municipais. Os movimentos populares se organizam, sistematizam suas práticas, como é dá para incluir as práticas populares nos cuidados nos atendimentos do SUS.
Meio Norte – Que práticas são essas que podem ser incorporadas ao atendimento feito pelo SUS?
José Ivo Pedrosa – Por exemplo, você tem uma doença crônica, está em fase terminal, a quem você recorre? Se você é cristão vai para a igreja, mas se você não é: Como é que as religiões podem estar junto do paciente, principalmente como ter amorosidade nas relações entre os médicos, profissionais de saúde e os pacientes.
Meio Norte – O que pode ser uma relação de amorosidade?
José Ivo Pedrosa – Uma relação ética, onde o discurso e a necessidade do outro é respeitada na formulação das políticas públicas.
Meio Norte – É escutar o que o paciente diz?
José Ivo Pedrosa – Não, é na formulação da política. É o discurso do cidadão. O cidadão sujeito da saúde nesse país. Para participar nos fórum decisórios de participação do Sistema Único de Saúde.
Meio Norte – Quando essa política começa a funcionar?
José Ivo Pedrosa – É o que nós estamos discutindo em Brasília. No Piauí, já tem comitês e já estão incluídos nessa política. A luta pela promoção da equidade na saúde, que é incluir esses movimentos de negros, GLBTs, de situação de rua.
Meio Norte – E a medicina popular que usa ervas e outras técnicas de cura?
José Ivo Pedrosa – Também faz parte, mas no Brasil nós já temos um política específica, que é a política de práticas integrativas e a educação popular trabalha muito com a questão da fitoterapia, com a psiquiatria comunitária, com a saúde mental comunitária, o acolhimento que tem junto aos terreiros de candomblés.
Meio Norte – Essas práticas são eficazes?
José Ivo Pedrosa – Pelo menos para algumas coisas porque ajudam a relaxar. Imagine se a gente tivesse no sistema de saúde na sala de exame ginecológico, a mulher passasse por uma massoterapia, talvez fosse mais confortável fazer um exame ginecológico.
Meio Norte – A política aposta na qualidade de vida?
José Ivo Pedrosa – Exatamente. Temos que fugir da doença, temos que imprimir qualidade da vida, cuidar da doença, mas fazer mais do que isso, temos que promover a saúde das pessoas. Já vínhamos discutindo isso, mas faltava implementar. Isso já era previsto, mas a implantação da política é todo um processo porque tinha muita pobreza acumulada, tinha muita miséria acumulada. Vinte e tantos anos de regime que não ouvia as demandas e quando o SUS começa tem tudo isso pressionando o sistema. Agora é que as coisas, depois de 20 e tantos anos, é possível avançar.
Meio Norte – As mudanças também passam pela arquitetura e interiores dos postos de saúde e hospitais públicos que são muito pesados?
José Ivo Pedrosa – O serviço de saúde é um lugar onde a gente nunca se sente bem, ninguém vai de livre e espontânea vontade visitar um serviço de saúde. O estar bem, o conforto espiritual é importantíssimo. Aí entra muito a noção de cuidado, quem é que vai cuidar do outro, não é só tratar e dar a medicação e alimentar, mas cuidar, dar banho, ouvir histórias, amparar, essas coisas.
Meio Norte – A religião pode levar a cura?
José Ivo Pedrosa – Não, mas traz muito conforto, principalmente porque as doenças crônicas não têm cura, quem é hipertenso é hipertenso a vida inteira, nunca fica bom da hipertensão, nunca ninguém fica bom da diabetes, ninguém fica bom das doenças crônicas.

http://www.meionorte.com/efremribeiro/saude-implanta-massoterapia-e-conforto-espiritual-para-humanizar-sus-296562.html